Revista DasArtes (2017)
Fotografia da exposição MASC 6X3, 2017.
Uma parede, seis metros por três. Sobre ela, uma pintura a óleo de 1,20m de altura por 2,35m de comprimento. Com a curadoria de Josué Mattos, a exposição Masc 6x3, que acontece desde maio de 2017 no Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis (SC), faz pensar sobre como uma simples parede branca, com uma única obra de arte exposta, pode servir de instrumento problematizador do estatuto da imagem e da sua própria exposição.
Em tempos de muitos questionamentos sobre os significados da arte e das formas de expô-la, parece ser importante atentar que quando olhamos para uma obra carregamos todo um repertório de imagens no olhar. Assim, diante de Paisagem (1929), de Antônio Parreiras (1860-1937), vemos uma série de outras imagens. Pintando do Natural (1937), Regueiro (1935) e o tríptico Terra Natal (1922) – Manhã, Meio-Dia e Entardecer – são algumas delas, seja pelos motivos da natureza, seja pela questão da luz que incide na composição. Vale lembrar que Parreiras permaneceu durante muitos anos em Paris, no início do século XX, em contato com a produção de artistas impressionistas.
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