Revista MODOS (2019)¹
Este texto aborda a obra de Tarsila do Amaral na perspectiva das Teorias da Imagem e da Decolonialidade Estética, apresentando a tese de Tarsila moderna/colonial e investigando o tema do primitivo na sua produção. O artigo foi escrito em coautoria com a Profa. Dra. Maria Bernardete Ramos Flores, supervisora do Estágio de Pós-Doutorado realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em História na Universidade Federal de Santa Catarina.
Cena do poço na gruta de Lascaux, 13.500 a.C.
Fonte: BATAILLE, 1997, p. 55.
Resumo:
O objetivo do nosso trabalho é perceber o primitivo em imagens elaboradas por Tarsila do Amaral. Inspiradas em Bataille, entendemos a “caverna” como o interior da artista e lugar de introspecção de si. Primeiro, buscamos lapsos de pensamentos que deixem escapar imagens do seu inconsciente, como a dos bichos que permeiam os seus desenhos e pinturas, imaginários e memórias infantis. Depois, escolhemos “desmontar” uma delas, A Negra, identificando a presença de um gesto que sobrevive em outras imagens e que é próprio do humano. Por fim, colocando o problema do giro decolonial, propomos pensar o primitivo como o que escapa do par modernidade/colonialidade, apresentando a noção de não colonial.
Palavras-chave:
Primitivo, Imagem, Tarsila do Amaral, Giro Decolonial, Não colonial.
Referência
FLORES, M.B.R.; PETRY, M.B. Na caverna de Tarsila: sobrevivências do primitivo como presença do não colonial. MODOS. Revista de História da Arte. Campinas, v. 3, n.1, p.115-132, jan. 2019.
¹ Texto republicado no Catálogo Tarsila Popular, organizado pelo Masp (2019).
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