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  • Michele Petry

Praça XV (2003), de Sérgio Bonson

Dissertação de Mestrado em História (2011)¹


Sérgio Bonson. Praça XV, 2003. Reprodução de aquarela. Acervo pessoal do artista.

Fonte: PETRY, 2011.


A Praça XV como local de onde irradiam os pontos de vista nas obras de Bonson, desde a sua primeira fase artística, não parece ser uma escolha acidental, pois a história sobre a fundação da cidade de Florianópolis, antiga Nossa Senhora do Desterro, demostra que foi justamente a partir das construções de caráter religioso e político no Largo da Catedral e em torno da Praça XV, na segunda metade do século XVII, que o Centro Histórico se formou e deu impulso à emergência da cidade. A própria construção da praça marca uma tendência urbanística em tomá-la como centro a partir do qual a cidade se estrutura e suas atividades se desenvolvem. Enquanto um território de passagem, a praça logo se tornou um lugar de encontros e de práticas sociais. Talvez por entender a Praça XV dessa maneira é que Bonson tenha escolhido representá-la diversas vezes em suas obras de arte, e, em particular, nas aquarelas da sua terceira fase artística. Esta aquarela da Praça XV de Florianópolis apresenta a praça e o seu entorno como um dos lugares praticados da cidade. A vista para os sobrados oitocentistas da Rua dos Ilhéus, a paisagem com carro vermelho e as interferências urbanas como placas de trânsito, fios e elementos de comunicação configuram-se como registros de um tempo e da poética do artista. Tais elementos podem ser vistos em outras aquarelas, desenhos e sangrias da sua série intitulada Cenas Urbanas.


 

¹ Texto revisto a partir da Dissertação de Mestrado em História (UFSC), elaborada por Petry (2011).

² Nomenclatura conforme o levantamento de Petry (2011).




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